sábado, 31 de março de 2007

A Matraca Perversa




Outro dos grupos galegos que participam na A Per Loca, é"A Matraca Perversa".


Se pescudamos num dicionário galego a palavra Matraca, atopamos:





"Instrumento de madeira formado de tabuinhas com argolas móveis que se agitam para fazer barulho ou dar sinal e que substituem a campainha nas festas da Semana Santa de alguns países."




Vou boa de escuitar as matracas pola tempo da Semana Santa, na igreja de Vimianço, aló pola minha infáncia.




Nas esta matraca, é diferente, porque é perversa.


Perversa de música, ritmos e reivindicaçao:




“É a Matraca un enxendro conscente de que naceu para incordiar, molestar aos poderosos, denunciar as inxustizas sociais, o caciquismo, para chuspirlle na cara ao fascismo…é a Matraca unha parte mais dun colectivo social nacido entre A Estrada e os barrios populares de Vite, Vista Alegre, Caranza e que ante todo fai unha música para festexar, para pasalo ben, para reivindicar unha cultura.”




Se querés saber mais, em komunikando, podemos ler:

"Como moitos outros grandes proxectos, a idea que logo se convertería na Matraca Perversa nace nun bar. A cidade de Santiago de Compostela sirveu de escenario para que Iago, Marcos e Sevi xuntaran forzas cun grupo de músicos de Santiago e A Estrada para daren lugar a unha primeira formación da Matraca Perversa no ano 2002, a cal gravaría o primeiro CD da Banda titulado “Mass Circus Media”.

Con este primeiro traballo discográfico e tras unha extensa xira de presentacións a Matraca adquiriu dimensión en Galicia, participando dunha serie de festivais de música autóctona desta comunidade autónoma e cooperando con diferentes grupos de artistas trala catástrofe do Prestige, feito que se transformou en paradigma do grupo que dende as letras de mass circus media denunciaba a manipulación levada a cabo polos medios galegos durante este período.
Tras ese primeiro traballo, no 2004, a banda embarcouse na producción do seu segundo CD, “Evolucionarios”. Para este novo disco, e gracias á repercusión que logrou a banda neste período, tocando en cada recuncho de Galicia, púidose contar coa colaboración de outros artistas consagrados da rexión entre os que destacan Uxía Pedreira, Xurxo Souto, Maseda, e Mario Túzaros, entre outros. O disco estivo rematado a finais principios do 2005 e durante ese ano, unha nova formación da Matraca Perversa presentou a obra en Galicia e no País Vasco.

Trala partida dalgúns membros e a conseguinte chegada de novos músicos, a Matraca Perversa continúa dando concertos en Galicia e ten previstas para este 2006 presentacións en diferentes comunidades do territorio español así como tamén, as primeiras xiras internacionais que os levarán ata México, Cuba, e Arxentina, ademais de gravar un novo disco que estará listo entre finais do 2006 e comezos do 2007.
Dende 2002 e ata hoxe a Matraca foi cultura dunha grande apertura tanto estilística coma ideolóxica, permitindo así que a súa música, chamada “fusión”, mesture recursos dos más variados xéneros, e reivindicando a liberdade individual como única alternativa ao despotismo de calquera orientación política. "




Pois esso. Que a Matraca nasceu num bar,para matraquear nas festas e fazer o que lhe deia a gana como jeito de reivindicar a liverdade fronte às ditaduras das opinioes dos demais.


Umha matraca livre e livertária, que soa assim:




Seus artífices sao:


Mariano ----- baixo e coros.
Iago ---------- percusoes e coros.
Cholo -------- voz e guitarra acústica.
Koki-----------voz
Martin---------Saxo Tenor e coros
Manu-----------Trompeta e coros
Pablito-----------Bateria
Matias----------Guitarra e coros
Alex ---------- teclados.
Olivier ------- flauta, saxo alto e coros.


Il Mondo va benne:


Noite de Verbena:


Nem que dizer tem que adoro sua música.
Para esso conhesci a alegria e os tormentos do amor por primeira vez nas verbenas da Costa da Morte.
Coma esta, mais ou menos. Para o que viviu a experiência verbeneira, sobram as palàvras.


quarta-feira, 28 de março de 2007

Seguimos de vagarinho


Outra vez volvo a caminhar por esta via per loca marítima, paseninho, hoje para trazer um dos grupos que participarom no disco e que sao um agasalho para o coraçao e um referente de fermosa galeguidade.

Nasceram no bairro do Calvário,em Vigo, ainda que logo se lhe foram ajuntando músicos de outras cidades:

Paulo: Singer;
Manolo: Guitar/Keyboards;
Roberto: Guitar;
Xavi: Keyboards;
Moro: Bass;
Manuel: Drums;
Alfonso: Trombon;
Dani: Alt sax;
Alex: Tenor sax;
Pitxi: Trompet
.

Velaí como os definem no seu espaço:

"Coerência nos factos e eficácia nas formas, festa, luita e compromisso som as palavras que definem a este colectivo político-musical galego que nasce no bairro viguês de O Calvário, para convertirem-se dêz anos após num colectivo nacional, com os seus integrantes em Vigo, A Corunha e Ourense. Alá pelo ano ´96 começa a rodar Skárnio, militando ao vivo por diversas causas as que consideravam tambem suas. Quase sem levar um ano como banda entram no estudo para gravar umha cançom para um CD recompilatório titulado "Oito anos de sequestros" editado por Gralha. No ano 1999 Skárnio entram voltam ao estudo para gravar o que seria o seu primeiro disco titulado "A filosofìa de acçom da guerrilha urbana", disco com muito boa apressentaçom gráfica e no que musicalmente amossam umha mestura de ska e raggamuffin com pinceladas de hip hop na voz. Colaboram no disco gente de Skacha, Disturbio 77, Nen@s da revolta. "A filosofìa de acçom da guerrilha urbana" lança a Skárnio a tocar em toda Galiza, fazendo gira de apressentaçom, chegando a Portugal e visitando esporádicas vezes o resto do estado espanhol. Depois deste disco a banda segue tocando ao vivo durante Quase três anos namentres fam algúns trocos na formaçom à vez que participan em diversos cd´s recompilatórios como podem ser: "guerrilha urbana", "elkartasun eguna", "Revolta sonora"... Passada esta etapa primária, Skárnio acada um acordo com o selo catalam chamado Propaganda pel fet e edita um segundo disco titulado "Arredista". Neste álbum a banda perfecciona tanto o dessenho como a música acadando um bom nivel, adquirido ao longo dos anos e da experiência. A banda toma o arredismo como bandeira política e explicam-nos (nas suas letras e textos) o independentismo de pre-guerra, o desastre do Prestige, a difícil situaçom dos inmigrantes. Musicalmente a banda centra-se no ska e as suas variantes mesturando ska clásico e ska acelerado. Participa no disco gente como Alex Inadaptats ("Moitos pobos construindo"), Iñaki Betagarri ("Cantamos") ou a gente do grupo folk Quempallou ("Deus fratesque Gallaecia"), aportando o seu bom fazer a este cd. Todos os temas som em galego e incluem tambem uma verssom em clave folk de Suso Vaamonde. Com "Arredista" lançam-se de gira por Galiza, Portugal (chegando a tocar no FESTIVAL AVANTE em Lisboa) e os Paisos Catalans obtendo boas críticas e sendo convidados a participar em diversos festivais e festas (Senglar Rock, Festas de Grácia e um longo etcétera...) onde amossam a gram força dos seus directos sendo hoje em dia Skárnio umha das bandas a ter muito na conta do panorama do estado espanhol. Tambem é o primeiro grupo galego convidado a tocar no FESTIVAL ANTIRACISTE & ANTIFASCISTE! em Genève (Switzerland), no ano 2005, com grupos da talhagem de The Busters, Sham 69... engrossando a listagem de bandas coas que Skárnio compartilhou palco nestes dêz anos como Fermin Muguruza, Laurel Aitken, Satélite Kingston, Banda Bassotti, Skalariak, Obrint Pass, Betagarri... e um sem fim deles mais. Actualmente seguem tocando ao vivo, estando já convidados a umha pequena gira polo estado francês à vez que preparam o que será o seu terceiro disco. "

Eu só vos posso dizer que, escuitando a sua "Saindo da trincheira" o coraçao torna-me tolinho de sentimento e sonhos.

Adoro a música deste grupo de barricada e sentimento.
E nao vos falo mais, porque me custa um pouco esta tempada. Deixovos umhas mostras da sua música, para que julguedes vós mesmos.
Agora os de GoEar nao deixam pór as músicas , mas deixo-vos a ligaçao.
Vale a pena escuitar e Skárnio. Ainda que haja que andar abrindo janelas e portas.


Saindo da trincheira:

http://www.goear.com/listen.php?v=41ca37e

O Son do Arredista:

http://www.goear.com/listen.php?v=478dc04

Muitos povos construindo:

http://www.goear.com/listen.php?v=d701d47

Cantamos:

http://www.goear.com/listen.php?v=ba62fa9

Raiba-o tema da Per Loca-

http://www.goear.com/listen.php?v=5850c82


E um directo desde Alhariz

segunda-feira, 12 de março de 2007

Caminhando pola Per Loca. Ainda falta.


Hoje imos passar por varios miliários da Per Loca. Imos tentar avançar porque manhã, é o último dia que ando por esta via, de momento.
Vou fazer umha viagem e não sei quando volverei.
Assim que hoje imos caminhar um bom treito.
Imos começar cum grupo do que se diz:
"Inxeccións canábicas nas bases, historias correntes polo caleidoscopio nas letras, vocalización moi perigosa; hip-hop galego."
Eles são NonResidentz, e sua canção, Mistermundo soa assim:




O segunho miliário,é um galego mestiço. Filho da emigração parisina. Mago Merlim das músicas, dos grupos, das causas justas...Quem não conhesce a Manu, o filho de Ramon Chao.
Ele recreia umha canção popular galega: "E deixa-me subir" ao seu jeito.








Depois, avançando um miliário mais, os Galegoz cantam: Não quero ir fóra. Na minha casa como à minha hora.
Galicia fica farta de emigrar.








Por último, um grupo de El Raval, La Pegatina, aporta umha canção " O camareiro", muito tenra : São filho de galego e sevilhana.







domingo, 11 de março de 2007

Adiante Per Loca!!! Santa Liverdade






O Primeiro tema de A Per Loca que vos vou amostrar hoje, e um tema muito especial:
Começa com música de gaita de foles, o instrumento mais representativo da música da Galiza, mas adaptado aos ritmos modernos.
O Grupo que interpreta a música cháman-se Cuchufelhos, e após tocar um pouco de música, visitam a umhas mulheres idosas, que cantam, falam, explicam cousas em lingua galega coloquial a umha velocidade que nem eu mesma percebo totalmente o que dim, e, como fundo, o ruido do Atlántico, no encher da maré-ou no devalo-, os cães da aldeia e os galos que cantam.
Umha cena da Galiza rural, com as mulheres de protagonistas.
È um tema curioso.
Chama-se Psilocibes, o nome dum cogumelo muito abundante nos montes da Galiza,que é algo psico, como seu nome indica, mas as senhoras não tomaram psilocibes. Seguro. As velhas galegas, somos sempre assim.

A respeito da Banda, Os Cuchufellos,é unha banda ourensã,mas multicultural, con influéncias musicais tan diversas coma os seus componhentes. A súa formaçõ remonta-se até o ano 1998 e case todos os seus integrantes participam antes em outras formações musicais. Esta peculiaridade dá-lle ao conjunto umha gran riqueça polos aportes que fazem cada um dous seus músicos.

Xente nova e brava -veredes que umha das diferéncias entre os grupos ravaleiros e galegos, é precisamente essa bravura dos grupos galegos-que apresenta un repertório formado na sua meirande parte por composições próprias onde se fusionam com estilos como o rock, o reague, a pachanga…a troula.

Tem tocado en cenários de toda Galicia, Asturias ou o Berço

Os “Cuchufellos” son:

Andrés (Manzaneda): flauta doce e gaita.

Donato (Manzaneda): low-whistle, thin-whistle e gaita.

Chute (Trives): acordeón.

Marcos (Manzaneda): batería.

Fenoy (Manzaneda): djembe, bon-goes e premier escocés.

Roberto (Mondoñedo): thin- whistle, gaita e pandeireta.

Matías (Alemania): laude

Darek (Polonia): baixo.

David (Manzaneda): guitarra e mandolina.

Aí vai Psilocibes





O outro grupo do disco A Per Loca que vos traio hoje, é também um grupo galego.
Chamam-se Festicultores Troupe
Os Festicultores, não só são um grupo de música, mas agentes de orgniçãção de festas.
Levam grupos de charangas, músicos, teatro, monicreques...Tudo o que faz falha para organizar umha boa.
Neste disco aportam umha canção dumha cabra clonada, no seu estilo de titiriteiros de rua:
A kabramakabra










Terápia galega para limpar a alma de lijo











Por último, no post de hoje, u terceiro grupo galego; Os 3 Trebons.-Os3 trebões-

"3Trebóns é um grupo de intervención rápida composto por 3+1 músicos de campanha da cena musical galega.
Os 3+1 integrantes da banda levan muitos quilómetros de palco e canfurnada:
Xurxo Souto com acordeão diatónico e a voz (Os Diplomáticos de Monte Alto) argalhou a ideia e junto com
o batería e cantante Fran Amil (Papaqueixos, Ruxe-Ruxe, Diplomáticos) e
o baixista e tamén berrom Antón Díaz (Papaqueixos, Alberto Bundi).
Estes elementos cadraron na ruta co
bombardinista Lourenço Castro, “O Vendaval do Rosal” -O Rosal é umha comarca da Galiza , pola zona da Guarda, perto do Rio Minho, onde há um micro-clima que faz madurecer umha uvas que são material para um dos melhores vinhos brancos que há polo mundo-
(Dandy Fever, A Matraca Perversa, etc etc etc), a força atmosférica que completa o son do grupo."

Estes elementos alternam repichocas de 3+1 compases e 3+1 acordes com as histórias de 3+1 minutos que nos conta/canta Xurxo. São contos que falan da aventura cotiá dos marinheiros e labregas, de músicos, luitadoras e poetas que deixaron pegada da particular mitologia do grupo.

Expertos en versões e em fazerem temas por encargo, lembran-nos o 50º cabodano da execución do Foucelhas polos franquistas, ou fan homenagem ao comando galego-portugués que tomou heroicamente o trasatlántico “Santa Liberdade” nos anos 60.

Cozinham-se tudo en menos de 3+1 minutos.
As consignas da formaçãon são:

1º: que ben se vive sen guitarristas.
2º: as notas que podas meter en medio compás non as metas en dous.
3º e máis importante: o viño do Rosal é medicinal.

Desta peculiar formación xorde este peculiar e nunca escoitado son de ranchos rabudos e de ranchera-punk sen refinar, en crú.
A canção de Per Loca que vos deixo, é "Santa Liverdade", a história do barco Santa Maria:

"22 de xaneiro de 1961. O trasatlántico que facía a ruta Caracas-Lisboa-Vigo foi secuestrado polo DRIL (Directorio Revolucionario Ibérico de Liberación), coa intención de dar a coñecer ao mundo as ditaduras de Franco e Salazar. Un canto á liberdade que se converteu no foco de atención dos medios informativos de todo o mundo. Entre os secuestradores, o português Galvão e o galego Jorge de Soutomaior, un activista que tem unha trajectoria de participação en movementos de liberação ."

Na Galiza quando alguém é muito tremendo, ainda lhe dizem: "Cala ti, Galvão"!

sexta-feira, 9 de março de 2007

Os caminhos do meu pais


Hoje vou falar de música.
De música ravaleira, coma a cotio, mas trambém de música do meu pequeno e amado pais, A Galiza.
A Galiza é um pequeno pais que fica perdido no cabo do mundo. Aproando sua costa cara o oceano, deixando que o mar entre em ela, e se passeie por entre os bosques e os outeiros de suas rias.
A diferença entre Barcelona e a Galiza, é essencialmente geográfica.
Barcelona fica numha encrucilhada de caminhos e de roteiros.
A Galiza fica soa, fronte ao mar Atlántico e sua furia, perdida entre bosques e névoas, sem mais vizinhos afins em lingua, e em cultura, que os irmãos portugueses de além Minho.

Bom, pois a pesares de ficar tão ilhada, os romanos imperiais, coma todos os impérios, chegaram até meu pais na procura de suas riqueças, como fazem os impérios actuais com outros paises também expoliados.

A Galiza, vinham na procura do ouro do leito dos nossos rios. A os paises de hoje, vão na procura do "ouro negro" . Sempre o ouro, seja da color que seja.

Na viagem e consequente conquista, os romanos iam traçando vias para se comunicarem e trafegar com as mercadorias.

Umha destas vias, que unia Braccara Augusta-Braga- com Cale- O Porto- Brigantium-A Corunha - e Lucus-Lugo, era a via "Per Loca Maritima".

Pois bem, utilizando o nome dessa via, como caminho de união da Galiza entre si e com o resto do mundo, um grupo de artistas ravaleiros e galegos, tentarom levar adiante um trabalho que fosse laço de união entre as múltiples músicas mestiças de ambos dous territórios.

Apoiados pola web de música galega Komunikando , juntaram-se 26 grupos, bandas e intérpretes e tiraram um trabalho chamado assim

A Per Loca.

Um trabalho cuidado, mesmo na apresentação, que conta com música de grupos argentinos, galegos, catalães, galegos remexidos e mesturados com andaluces, ou catalães, ou bascos, ou criados em França, que para esso somos um povo de emigração, tudo numha explossão de ritmos e músicas de coloridos diferentes.
Fala-se de muitas cousas, mas como os temas são muitos:

01 Avante Per Loca I
02 Banda Potenkin - Kalindra xida

03 Pulpiño Viascón - Meu amor
04 SOAK - A verbena do eucalipto

05 Safari Orquestra - Distancia

06 Zënzar - O Padriño

07 A Matraca Perversa - Il mondo va Benne

08 Dandy Fever - Ti estarás

09 Skacha - A ferro e lume

10 A Compañia do Ruido - Asentonoventa

11 Eclectica Emsamble - A fia

12 Avante Per Loca II

13 Presencia Zero - Definete

14 Che Sudaka - Cortáronche as ás

15 Skarnio - Raiba
16 La Pegatina - O camareiro
17 Fanny + Alexander - Lene

18 Piratas Urbanos - Galiza

19 GalegoZ - Nom quero ir fóra

20 Manu Chao - Contra o mundo
21 NonResidentz - Mistermundo
22 Os 3 Trebóns - Santa Liberdade
23 Festicultores Troupe - A cabra makabra

24 Lamatumbá - Desertor
25 Rumborrachera - Neno tesoira
26 Cuchufellos - Psilocibes

vou ir falando cada dia dum par deles, para que os conheçades melhor.

E hoje, vou começar por dous: Um galego, e um catalã.

Lamatumbá, é um grupo ourensã.


Citando a sua apresentação na web de komunikando:

"LAMATUMBÁ, patroneados polo espíritu de Cuco de Velle, é unha das propostas máis frescas e irreverentes do actual panorama musical galego. Unha mestura orixinal de reggae, samba, rumba e rock que sorprende polo seu carácter propio. Dende 1998 o seu nome é sinónimo de festa alí por onde pasa. Ese ano prodúcese o seu debut artístico no mítico O Moucho de Ourense e colaboran na Feira das Mentiras, festival organizado por Manu Chao en Santiago de Compostela… a partir de ahí milleiros de persoas xa puideron navegar en directo a bordo deste barco que se move sen fin por un océano de lume e de soles. Pero esta historia aínda ten moitos capítulos por escribir. Quedan aínda lugares cara onde moverse e músicas por visitar.

LAMATUMBÁ demóstrao con LUME (para que saia o sol) un disco sincero e moi persoal que arrecende a mares tropicais e a rías galegas. Que desprende o aroma dun día de festa maior, cando sonan as charangas, aló polo lusco e fusco… …mozos e vellos… rapaces e rapazas… a festa vai comezar… lume!!!"

Aquí vos deixo um videoclip de apresentação e a canção do A Per Loca.






Rumborrachera, são umha banda de Badalona, um dos rapazes, filho de galegos.
Também cito sua apresentação nas páginas do ApoloGhit:

"Rumborrachera chegan desde Badalona para poñerlles rumba catalá, rock e ska ás noites estivais. Cun fillo de galegos nas súas filas, e coa axuda de Nacho Jarbanzo Neghro na produción "O neno tesoira" é a canción que aportan ao compilatorio "A Per Loca" e un éxito seguro en calquera sesión vermú."

Deixo-vos também um video e a sua canção do disco.
Espero que o disfrutedes.




Amanhã, mais.

quinta-feira, 8 de março de 2007

El Raval em imagens

Hoje não vou falar de música, ainda que ainda faltam muitos grupos.
Mas hoje, tenho gana de vos amostrar umhas imagens da vida cotiã do bairro, das cousas que em ele passam, da gente que lá vive...
Espero que disfrutedes da viagem .

Começamos cum video que me lembra ao meu vizinho da cidade do Rif onde vivo. Um que amanha electrodomésticos.



O Sonar. Um festival de música ultra-mega-moderna. e a destrução dodos velhos edifícios, como contraponto.



videoclip sobre um documental que trata das mulheres pakistanis no bairro



Os artistas do graffitti e o Concelho de Barcelona. Uns a encher de color e outros a esborrejar.





Esero que estes documentos visuais vos ajudem a conhescer um pouco mmelhor o berce d tanta música.

Gertrudis



Gertrudis é um grupo , como o resto de grupos ravaleiros, de fusão.

Sobre a base da rumba catalana, mesturam reggae, cumbia, ragga, funky, música mediterrania...

O resultado é umha música fresca e muito alegre, que levanta o ánimo e da gana de dançar e viver.

O seu primeiro trabalho "TETA", saiu no 2003, ano no que versionarom o hino do Barça, fecharom o "Mercat de Música Viva" de Vic, diante de 20000 pessoas e rolarom com suas atuações polo estado espanhol, França, Holanda e Bélgica.

No ano 2005, saiu o seu segundo trabalho,"Gertrudis", que apresentarom numha gira que os lou a Marselha, Amsterdam, Bremem, Brujas...

Desde aquela não pararom de viajar e tocar em festivais, e soar em rádios de toda Europa.

Eu gosto muitíssimo da sua música.
Como mostra, estes dous botões que, de seguro, vos vão agradar:






E umhas canções tenras, lindas e que fazem dançar e pensar:




quarta-feira, 7 de março de 2007

BarXino


BarXino é um novo projecto que xorde no 2006 e supõe o passo definitivo na fussão latina com a electrónica actual.

A música de barXino bebe de diversos estilos latinos : a salsa, a rumba, o candombe e o flamenco.
Também da música popular do Brasil, con ritmos como samba e maracatú.

Sobre a base destas músicas tradizoais maiss algumhas doses de funk e reggae, barXino explora na fussão con elementos da música electrónica:

Sões que vão desde o techno,house, breakbeat e drum ‘n’ bass ficam presentes na sua música.
Um disco potente onde os ritmos quentes de América latina se fundem com a electrónica de baile; o resultado é muito interesante.

Um produto novedoso saido das mãos de cinco músicos de diferentes nacionalidades e que já vem de outras bandas .Sua vida fui coincidir a Barcelona e alí tomou corpo a ideia dumha música que mesturasse a mestiçagem musical da cidade com música electrónica más actual.

En BarXino estão músicos conhescidos como Beto Bedoya e Martín Fuks, ex-Macaco.
Os outros componhentes da banda são o DJ italiano Max Boschiasso, Florencia Inza e Marisol Da Costa Lima, "Sol Brasil" brasileira especialista en flamenco .
As músicas tradizoais que mesturam, conhescem por serem de seus paises- Brasil, Colombia, Argentina- ou por terem estudado e investigado em seus paises de origem.

Por outra banda, a presença de DJ e expertos em música electrónica, faz que o conjunto deste único trabalho:
"BARCELONAMONDOBEAT:ELECTRONATION"

de momento, seja realmente algo digno de ter e conta pola calidade, os ritmos, a profundidade da música, a originalidade da fussão.

A mim, pessoalmente, encanta-me.





terça-feira, 6 de março de 2007

Jaleo Real


Jaleo Real enceta seu projecto musical em maio do 002.
Xurde dumha ideia de rapazes dos bairros mais periféricos de Barcelona.
La Verneda, Cuidad Meridiana e Santa Coloma.
Seu estilo de música é, com não, "rumba callejera".
Trabalham até fim do outono em concertos por salas de Barcelona, concretamente "La ruta dels elefants", por onde já passaram Golem System e Che Sudaka, pola rua, e tiram sua primeira maqueta"Al Pescao", Com 5 temas e um bonus-track de produção propria que apresentam ao grupo.

Desde aquela, não param de atuar em festivais, salas, bares, festas, tanto dentro do estado como em Europa. Mesmo em Lahore, Pakistã, no World Performing Arts Festival de Lahore (Pakistan) o 30 de Outubro do 2006.
Ainda que, ao começo, os músicos que colaboravam iam e vinham, agora tem umha banda estável:

Sito Barbero: voz principal, flauta traveseira e cacharros;
Sergio Barbero “palito” na guitarra flamenca e coros;
Tito Bonacera baixo e coros;
Kike Barbero, guitarra espanhola e coros.
Daniel Bianchi: caixom flamenco, percusão e coros.


Na Primavera do 2004, sai o seu segundo trabalho, "Pichica"

Tem 12 temas:

Plaza Pichón
Rasta sin pasta
Libertad
Mami
Etefarastet
Bien diferentes
Tangorto
Tankillous
Calamar
Jaleo Real

Sua música soa cálida, rumba com mesturas de funhy, reggae, hip-hop, e até rock&rol.
A tudo se pode chegar desde a rumba.
Seus ídolos são "Gato Pérez" El Pescailla, Toni el Gitano, e os actuais rumbeiros:Ojos de Brujo, Delinqüentes, Muchachito Bombo Inferno,Martires del Compas...

Sobre a mestiçagem de músicas de Barcelona, opinam:

"en la ciudad hay una gran diversidad de culturas, y con ello también la música solo hay que darse un paseo por el Raval (Barrio Chino) para comprobarlo, a mí me parece estupendo que la gente se diversifique, sé que todo el mundo no piensa igual pero bueno, ¿no te parece algo bonito?. La música es un lenguaje mundial, nos entendemos a través de ella."

Só queda por dizer que se negarom a atuar no fórum das Culturas do 2004, celebrado em Barcelona, segundo eles:

"El tema forum fue la ostia, todos los eventos que se hacían aquel año en Barcelona estaban relacionados directa o indirectamente con el FORUM DE LAS CULTURAS, algún bolo nos tuvimos que comer, eso sí, nos negamos rotundamente a tocar en el espacio destinado al forum en Diagonal Mar, aquí mucha gente se llevó tajada, y se puso más de una medalla, creo que si todo ese dinero se hubiera destinado a construir pisos para los jóvenes o gente sin techo, hubiera sido mejor, hay que vivir en Barcelona para entenderlo, ahora ya no se puede hacer nada el recinto esta vacío y triste, solo algunas veces se utiliza para algún evento, es lo mismo que pasó en Sevilla en el ´92, después de la Expo todo quedo abandonado a su suerte."

Sobre sua ideologia:

"Somos una banda bastante reivindicativa, nuestras letras lo dicen, para nosotros la igualdad de los derechos fundamentales es lo suficientemente justa, hemos hecho conciertos para asociaciones que luchan por los animales que recogen de la calle, para el pueblo Saharaui, para sacar pasta para las brigadas que viajan todos los años a Cuba a construir escuelas, para las personas con el Síndrome de Down o para alguna entidad que ayuda a gente con SIDA, cualquier causa humana es justa y todos tenemos el derecho de ayudar un poco, sé que son muchas movidas las que se hacen a lo largo del año, pero si nos repartimos la faena entre las bandas no hacemos nada malo y además ayudamos un poco a que todo vaya mejor, a veces la administración, no da todo lo que tiene que dar..."


Na rua



Em Pakistã



"Palito" improvisando









segunda-feira, 5 de março de 2007

Rumba pura

Hoje apenas tenho tempo de vos deixar um post, mas não quero faltar à minha cita.
Vouvos deixar com dous rumbeiros de raiz, que lembram os tempos dos "Pescaillas", mas com sabor ravaleiro.
Chamam-se Rufinoydomingo e assim é como cantam .

Pura rumba.



Nuite rumbeira



Bambino. Rumba do sul para a lembrança





Patriarcas da rumba de Grácia.



Espero que disfrutases da rumba .

domingo, 4 de março de 2007

Lumbalú


"El lumbalú es una ceremonia de carácter fúnebre y ritual que se realiza con ocasión de un velorio en San Basilio de Palenque. La evocación del muerto se hace rememorando los orígenes africanos de la comunidad, en particular Angola, la tierra natal de muchos de los primeros cimarrones fundadores del palenque. Uno de los ancianos del cabildo (la institución política y religiosa más importante de la comunidad palenquera) pregona la muerte de quien ha fallecido. El pregón se realiza para convocar a la comunidad al velorio mediante un toque especial del tambor pechiche. Una vez que se ha reunido la gente, se inicia propiamente el canto-lloro responsorial, en el que alternan el solista de voz prima y el coro. Las palmas de las manos y los toques del tambor yamaró, ejecutado con ritmos y alturas específicas, acompañan el ritual. Éste se caracteriza por presentar la conjugación de elementos recitativos, canto y golpes rítmicos de los percutores de significado especial. Durante el lumbalú las mujeres bailan con pasos menudos alrededor del cadáver, ejecutando movimientos de vientre e invocaciones con los brazos; algunas se llevan las manos a la cabeza mientras actúan y cantan:

Chimilango, chimilango
cho María Langó ri angola,
guán cún cún me ñamo llo
guán cún cún me re ñamar,
cuando sota caí ma mujé
¡E li le loo!
¡E li le loo!
Chimila ri ri angongo...
Chimilango ta ñangando.."


LUMBALÚ é umha banda que nasce em Pereira-Colombia- no ano 1984.
No seu começo, nasce como um grupo de investigação e adica-se a aprofundar nos diferentes ritmos do litoral de seu pais, com trabalhos de campo que lhe permitem conhescer e aprender in situ as músicas dos mestres portadores das tradições afro-colombianas.
Assim participam en diferentes encontros de música tradicional colombiana, como "Festivales Nacionales de Gaitas y Pito Atravesao, Festival del Baile Cantao, Festival del Tambor," entre outros.
Mesmo tiverom um enfrontamento musical com 0 mestre colombiano do "Vallenato" ,"El diablo del Acordeón", de 93 anos, do que sairam vencedores.

Há uns anos, no 1997,transladam-se a Barcelona, onde sua evolução musical continua, com mestiçagem de sões e instrumentos tradizonais e modernos, e a colaboração de outros artistas ravaleiros.

A banda ta formada por:

Nando Muñoz Voz, Chuana (Kuisí, Gaita Colombiana), Marimba, Maracas, Percusão Afrocolombiana, Pito Atravesao
Orbe Ortiz Bajo, Percusõ0es Antilhanas Afrocubanas e Afrocolombianas, Triple e Coros
Vicky Castaño Voz, Maracas
Eduar Bedoya Clarinete, Saxofones Tenor e Soprano
Alejandro Luzardo Guitarras Acústica e Eléctrica, Percusões
Santiago Blanco Batería, Percusões Antillanas Afrocubanas

O primeiro trabalho que editam em Barna, é "Me voy con el gusto" , no ano 2001, um título que faz homenagem ao tambor do mestre colombiano Pedro Alcázar, que herdou o grupo.
No trabalho colaboram : Manu Chao ; Amparo Sanchez e Muñeco (Amparanoia), Dani Carbonell, Sandro e Beto Bedoya (Macaco), Wagner Pa, José e Steph Laidet (Color Humano), Mustafa El Hafer (quem colaborou com Dusminguet em Postroph), Joan (Dusminguet) e Eduardo D'Nasimiento.
Como vedes, os músicos ravaleiros, acolhem-se e colaboram entre si, um jeito diferente de entender a vida.
Em ele,a guitarra mestura-se com o luizi, com o tambor alegre com todo tipo de percusões : batería, congas, dyembé, chéquere, bongó, marimba, wirá, timbais, darbuka, tam-tam, maracas…
Estes são os temas:

1 Qué es lo que pasa 3:58
2 Sin consuelo 5:29
3 María Angola 3:27
4 Te van a matar 3:38
5 La piragua 3:42
6 Lejanía 3:14
7 Compadre Alejo (Probando 1,2,3,...) 0:49
8 Compadre Juan 3:12
9 Río de Juagüí 2:33
10 Cumbia colombiana 3:02
11 El estanquillo 5:41
12 Ya me voy 1:12
13 Historia de tamboreros 3:12


Este trabalho, vem marcado pola morte violenta do pai dum dos membros do grupo. Por esso é umha música especialmente marcada pola situação de guerra civil que vive Colómbia e atravessada por um berro de paz.

" Antes de que caigan las últimas hojas del arból de la razón ; antes que el desenfreno termine acabando con la alegría, óigame compadre, que pasa en mi tierra ; me llegan noticias que sigue la guerra "

" loco, loquito es, va el mundo al revés ".


Também se percebe no trabalho o facto da inmigração e a morrinha pola terra.

Às vezes de rambóia sem fronteiras, outras vezes inmigrantes sem consolo, oferecem-nos umha cúmbia de música alegre e letra nostálgica por seu pais.

No ano 2004, publicam "Mil Colores"; Um novo trabalho.

"Mil Colores es su segunda joya musical, reencontrándose con sus raíces y acercándolas de manera magistral a los oídos poco habituados a los vallenatos y bullerengues, y satisfaciendo a los más exigentes con la contundencia de los trabajados ritmos salientes del kuisí (gaita colombiana), flauta de millo (pito atravesao) y tambores colombianos. Sencillez y simplificación, difícil tarea que no todos consiguen a la hora de tejer los sonidos. Un sonido "del campo" con letras urbanas."

1 Como suena 2:50
2 Gritos de la montaña 3:59
3 Mil colores 3:31
4 Kumatilanye 3:38
5 El pajarito 5:24
6 Tamborero 3:58
7 No te puedo olvidar 3:02
8 Por la calle 5:22
9 La máquina 3:02
10 Cosas bonitas 2:48
11 Mi vieja 2:43
12 El legado 3:10
13 Chuana y kuisí 2:22

Não fum quem de conseguir mercar nem baixar online nem umha soa cançaõ de Lumbalú, mas deixo-vos dous videos deliciosos do seu trabalho em Colombia e seu endereço em myspace.
Música fresca, auténtica, preciosa.

http://www.myspace.com/lumbalu




sábado, 3 de março de 2007

Resposta a umha pergunta


Hoje, entrei, como tenho por costume, no blogue do senhor Ninsesabe onde, como também ele te por costume, analisava com muito aprimoramento a situação política do dia a dia da metrópole Madrí. As leas do PP por mor de de Juana, as fachosidades múltiples e várias da rancia e ultrapassada dereita espanhola e demais.
Num dos comentários, li esto:

  1. sarampelo on Marzo 3rd, 2007

    O problema que temos neste reino unha cantidade de xente que non vé máis aló do que poñe as TV e os programas basura. Así nos vai. O gran problema é que moita xuventude está dentro desa cantidade que vive nun claustro sen analizar eses problemas. Me cago no carallo, a xuventude ten que ser revolucionaria, sempre foi.

Voulhe contestar ao senhor Sarampelo o que lhe passa à juventude que não vive idiotizada pola TV com suas O.T., o último modelo de telemóvel ou as publicidades que, como diziam os moços de Golem System, ficam até nas nuvens.

Más de lo mismo: La Kinky Beat

Pasamos la vida entera
de sitio en sitio.
De town en town.
Siempre estamos fuera,
sacrificando horas
pa llenar la nevera.

Quiera o no quiera

cruzamos la frontera.
Somos ya, del gremio,
de la gasolinera.
Pasamos la vida entera

teniendo problemas

con la autoridad.
Estamos perseguidos,
nos tienen reprimidos
y a este paso, acabaremos
algún día extinguidos.
Dicen que fumamos,

dicen que tardamos,

dicen tantas cosas

que acabamos mareados.

Dicen que robamos,

dicen que burlamos.

Dicen tantas cosas

que, al final, nos cabreamos.
Mi música es mi alegría
Y eso es lo que me guía.

Somos prisioneros

del cinturón de seguridad.

Siempre en movimiento!!!
Barcelona, ritmo vital!!!


Evidentemente, cada vez os meios tem mais poder e cada vez são mais mono-colores.
Assim tem à gente narcotiçada com o consumo, a página dos crimes e accidentes, o deporte, e a crónica dos friki-famosos.

Os que não entram em nemhumha dessas categorias, são Ravaleiros. Trabalham, viajam em furgoneta para levar suas músicas polo mundo, tentam reflectir o mundo no que se desenvolvem e seus problemas, são pessoas que vivem no mundo real.

Mas nunca sairam nos meios, nem terám facilidades, nem chegaram ao público maioritário.

Porque ambos, o público e eles, são prisioneiros do cinto de seguridade.

É melhor que a gente escuite a Bisbal, ou a Alejandro Sanz,ou a Paulina Rubio, por pór três exemplos, a todas horas, em todas as emisoras e cadeias...

Para os demais, não hà espaço.
Para o que tem a capacidade de decidir, simplesmente não existem.
Prefire ignora-los.
Porque podem fazer mudar a uni-mono-visão programada para maior glória do Nosso Senhor do Consumo.

Este é o mundo que há dum tempo para aquí.
Eu lembro outros tempos diferentes. Não julgo se melhores ou não.
Simplesmente, diferentes.

sexta-feira, 2 de março de 2007

La Kinky Beat


A Kinky Beat, umha das bandas mais afiançadas no panorama musical de músicos de Barcelona, nasce no ano 2003 na periféria de Barcelona, concretamente num local de Badalona, onde gravam longas sessões de jamming, até que um dia se decidem a levar sua música ao directo.
Preparam umha maqueta ma que participam

Arecio Smith (Teclado), David Bourguignon (Coros), Anouk (Coros), Petete (Trombón), Kike Empercutío (Tres), Melissa (Coros), Chucky (Bonus track)

O resultado fui umha maqueta de cinco temas cálidos, que te levam, com emoções e ritmo.
Com ela ganham o I prémio de maquetas organizado por RadioChango e Radio Francia Internacional.
Sua música é umha mestura de rock’steady, reggae, mas também hip-hop, rock & roll, ragga, funk, samba, mesmo ainda drum&bass e jungle.

Os temas eram:

Maria Maria
Pirata sin Barco
Tabaco y Ron
Oyoyo
My lover.

A partir de aí, vemconcertos, festivais, giras, trabalhos...Sempre fieis aos seus ritmos que nos fazem dançar e sonhar.
Os músicos da banda, são:

Gerard Casajus: motor da banda, na batería.
Donato: no baixo.
Willy Fuego: A voz masculina
Miry Matahari: A voz femenina.
Manel Cabello: as percusões.

Desde aquele trabalho, tirarom.

La Kinky Beat - demo & remixes (2004 - Álbum)
Made in Barna (2004 Kasba Music - Álbum)
RMXMadeInBarna (2005 Kasba Music - Remezclas)
One More Time (2006 Kasba Music - Álbum)

Os seus temas são sempre periféricos, preciosos, alguns mais no estilo electrónico, outros mais rock, mas tudos preciosos e cheios de vida.

Ainda que o melhor são seus directos. E dou fe que os vi em Camarinhas, num desses concertos do Jacobeu, sem publicitar, com o qual éramos meio cento de pessoas.
Mas eles tocarom coma se fossemos miles e eu não pudem aguantar meus pés nem meu corpo, percorrido por umha descarga de energia capaz de resucitar a um morto.

Periféria de Barcelona, o que os "guiris" não vem. Bairros de trabalhadores, de inmigrantes, de parados.

Há tempo eu trabalhei num desses bairros.
Ainda lembro aos meninhos que estudavam comigo, no Colégio Cascabel, da Rua Perpinya, no bairro do Besós.
Por onde andaram agora?
Nestes momentos, dentro do meu coração, revivindo ao olhar este video.











quinta-feira, 1 de março de 2007

O gavilão que torna divo "italiano"


"vita intensa felicita'
a momenti e futuro incerto il
fuoco e l'acqua con certa calma
serata di vento e nostra piccola vita e nostro
grande cuore."

Antonio de La Cuesta, nasce em Burgos, mas passa a meirande parte da sua vida em Irunha -Pamplona-.
Alí começa a tocar em bandas de punk-rock, com algo de hardcore, com temas muito combativos, ao estilo de muitos grupos de Euskadi, até que chega "Tijuana in Blue", grupo de punk que marcou um referente em Euskadi.

Mais tarde, a banda desfaz-se e parte dos seus membros, põem a andar " Kojón Prieto y Los Huajolotes" que, após dumha viagem a México, decidem adicar-se aos corridos e "rancheras" em corpo e alma.
Com a banda multitudinária banda, o seu trabalho durante um tempo, fui cantar e tocar pola comida e a bebida, até que, segundo suas palávras:

" Se dieron cuenta de que con lo que comíamos y bebíamos les resultaba más barato pagarnos un cachet. Y así nos hicimos profesionales".

Durante essa época, compõe canções hoje míticas, como "carcelero" ou um dos mais conhescidos alegatos anti-militaristas, "Insumisión", que fui durante anos o hino das festas de São Fermim.
Precisamente a banda desfaz-se cum bolo multitudinário na praça de touros de Pamplona, não sem antes fazer que a mocidade de todo o estado espanhol cantasse "Insumisión".

Mas seu éxito, fui também sua condena, ja que logo o serviço militar daquela era obrigação e fui à cadeia por insumiso, vagando durante um ano por vinte cárceres diferentes.

E velaí que, quando sai do cárcere, viaja a Itália, e, como jà lhe passara com México, namorou da sua música.

Conesce a Renato Carosone e, à volta, aporta, como não podia ser doutra maneira, na Barcelona Bastarda e mestiça da troupe ravaleira.

Aí, com a colaboração-como não- de Manu Chao, o mestre alquimista, edita "Mondo Dificile", no que colaboram Piluka Aranguren (Kojón Prieto, Amparanoia), Pablo Novoa (Golpes Bajos, La Marabunta), Ricky Ricardo Moreno (Ronaldos, La Marabunta), Tata Quintana, Pablo Navarro, e Nacho Mastretta.

O seu single "Me cago en el amor", é o que o lança , desde Itália, onde acada muito sucesso, ao mundo da fama ,com seu estilo de canções para cantinas e tabernas de pecadores que tanto amolam aos bem-pensantes e respeitosos cidadãos.

"Senza Ritorno" é seu segundo trabalho, esta vez em solitário, mas gravado com músicos profesionais.
Há canções com pedaços em inglês, e mesmo em japonês euskariçado, segundo diz.
Tonino Carotone é mais um personagem, amais de músico, da Barcelona bastarda e viva

Seu lei-motiv:

"Tonino Carotone, Tonino Carotone, m'invitas a una birra ti canto una canzone".