terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Um gato que chegou num barco


No 1966 chega a Barcelona um raparigo portenho de quinze anos, chamado Javier Patrico Pérez.
Seu pai estabelecera-se em Barcelona um ano antes, e Javier Patricio mais sua mãe vem para se reunir com ele, a bordo dum daqueles transatlánticos que faziam a travessia a través do oceano.
Quando conhece a cidade, sente-se atraido polas suas ruas, desde a Rambla até o Tibidabo, por onde rua a miudo, mas não consegue se adaptar ao colégio "Padre Mañanet" nem fazer amizades alí.
Mas, quando se muda a um licéu público, o Menendez y Pelayo, na opção de ciéncias, começa para ele umha nova vida.
Alí faz novos amigos com inquedanças musicais.

A cidade, por esses dias, ferve de atividade, as ruas de Gràcia são como Carnaby Street em Londres, sitios cheios de hippies que se reunem em locais que logo hão ser fechados por escandalossos,mas, no entanto, picam os singles e os LPs que os clientes trazem.

Quando remata o bacharel, translada-se a Londres, com a ideia de entrar a trabalhar nalgumha discográfica importante, mas remata de mordomo de Sir John Law, um parlamentar inglês.
Javier Patricio tinha recibido em BB.AA.umha formação impressionante en todos os ámbitos: matemáticas, ciências, linguas e humanidades.
E, quando, um ano depois, volve a Barcelona, aponta-se na faculdade de Física. Queria fazer estudos de aerodinámica e mecánica, porque umha das sua paixões eram os automóveis. Mesmo chegaria a correr em rallies.

Realmente, ele tinha interesse por tudo e gostava aprender e falar de quaisquer cousa.

Assim forma parte de vários grupos muicais: Sloblo, segundo suas palávras:«fue una banda de country-rock muy peculiar».

Mais tarde Gato e Secta Sónica.
Com este último grava dous discos:Fred Pedralbes e Astroferia.

Mas Javier Patrício não dava encontrado a fórmula musical acaida:«no queríamos hacer cançó, por supuesto, ni queríamos abdicar del rock, pero tampoco caer de narices en la mera copia de grupos angloparlantes".

«quería... contar en tres minutos las cosas que me sucedían y veía a mi alrededor, pero no daba con la fórmula. Tenía muy claro, eso sí, que lo de cantar en inglés era una majadería y que no tenía ningún sentido contar historias de surfers».

No ano1977 asiste às festas de Gràcia, onde tocam na rua os ciganos do bairro. Aí conhece a rumba, namora-se a primeira vista, e faz-a sua, jà para sempre.

Aí nace Gato Pérez, o revivificador da rumba catalana, para a que comporia letras incriveis.
Sua actividade, desenvolve-se arredor da sala Zeleste, da que jà falamos aquí, e da gente e dos grupos que por alí circulam.

Mas chega um momento em que se aparta de Zeleste e trabalha com sua guitarra em suas rumbas, participando em bolos com outras bandas, até que Belter lhe oferece gravar seu trabalho e nasce seu primer disco de rumba em solitário:

Carabruta, que significa cara suja. Saiu no 1978.

A partir de aí, Javier Patricio passaria a ser Gato Pérez para sempre.

Quando escuita o disco rematado, fica convencido de que não val nada, e fica entristecido sem sair da casa duas semanas.
Umha nuite sai, e quando volve à casa, borracho, é confundido pola policia e levado à cadeia por atracador.

Todos los gatos son pardos, do seu próximo disco, Romescu, fala desse episódio.

Romescu tem um grande sucesso e a discográfica EMI ficha a Gato por cinco anos.

Despois viria Atalaya, até que no 1981, Gato Pérez sofre um infarto.
Aí descobrem umha malformação congénita do coração que o aparta do alcool e assim sai Prohibido matar a los gatos, o primeiro disco xurdido «bajo los efectos del agua mineral sin gas»

Amanhã remataremos esta história do gato portenho que chegou num barco e fez da rumba sua expressão.

Agora deixo-vos umhas rumbas de Gato Pérez, para saborear.



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