sábado, 3 de novembro de 2007

As dez ilhas mestiças

Hoje vou falar um bocadinho dum pequeno pais com o que compartimos lingua e océano e que fica estendido no Atlántico coma um rosário de doas de diferentes colores musicais.
O arquipélago de Cabo Verde, fica fronte às costas do Senegal e são dez ilhas e algumhas ilhotas mais pequenas.
Dez são as ilhas que compõem a entidade Cabo-Verdiana:
Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Sal, Boa Vista, Maio, Santiago, Fogo e Brava, e outros ilhéus e ilhotas mais.


Cada umha delas, tem ritmos diferentes, músicas nascidas da mestura entre as músicas levadas polos europeus, maiormente portugueses, e as músicas africanas.
Cabo Verde fui descoberto em 1460 e, até 1462, não tivo asentamentos de povoação, em Santiago.
Dado a sua posição estratégica na rota que une Europa, África e o Brasil, as ilhas foram o centro do tráfego de mercadorias e, sobre tudo, de escravos, até a abolição da escravitude . Após esse momento, as ilhas entram em decadência, agravada pola degradação ambiental e climática fruto da tala dos bosques tropicais.

A seca tornou insuportável e com a libertação dos escravos, Cabo Verde seguiu a ser umha colónia portuguesa mestura de europeus libres e escravos africanos e economía pobre, de subsistência.
A mestiçagem entre portugeses e africanos, passou por seus momentos: Tempo houve em que o governo colonial proibia a música "africana", e muitos ritmos estiveram perto da desaparição.
Hoje, seguem vivos em Cabo Verde, a morna, a coladera, a tabanca, o funaná, o colá e o batuque. Ritmos diferentes de ilhas diferentes. Uns, con mais influenças europeias, outros mais genuinamente africanos, outros com aires do Caribe, outros, pura sensualidade...
Imos passar por cada um, para melhor conhescer:

A Morna, é um canto comúm a todo Cabo Verde. Triste e nostálgica, fala da terra, da "sodade" da morabeça cabo-verdiana, essa hospitalidade agarimosa dos insulanos.
Esta canção de Cesária Èvora, a grande dama dos peinhos nús, fala de todo esso:







Outra dança caboverdiana, é a Coladera,que nasceu da aceleração do andamento da morna, e de influenças estrangeiras, aló polos anos cinquenta:



O Funaná, da Ilha de Santiago, é umha música própria da dança. Umha dança muito sensual e viva :



A Colá, é umha dança muito sensual "dançada aos grupos de dois pares soltos, por vezes de mãosdadas formando um círculo, os quais alternadamente se aproximam do centro fingindo querer unir-se em umbigadas, para depois se afastarem, ao mesmo tempo que o outro para avançarem para o centro."
É dança de Boa Vista e São Vicente.

O Batuque,trazido polos escravos à ilha de Santiago, e mais tarde levado ao Brasil e aos Açores -ilha de São Miguel-
É cantado e tocado por mulheres -as batucadeiras- que batem num emburulho de roupa que tem pousado entre as pernas. Aseguro-vos que me lembra aos ritmos das pandereiteiras galegas. O mundo da música tem surpresas:



aparte destes ritmos, hà outros,importados de Europa, como a valsa, a mazurca, e outros modernos, de discotecas, influidos polo zouk e outros ritmos africanos. Mas não quero vos cansar, assim que hoje deixamos Cabo Verde e sua morabeça para seguir a viajar pola terra mãe de toda a humanidade.
Saude.

3 comentários:

aminhapele disse...

Espero que gostes de mornas,coladeras,etc.
E que não deixes de saborear uma boa cachupa.
Um abraço.

rifenha disse...

Gosto muito, mas a cachupa há de ser pouquinha, por mor da cabecinha...
Aperta-Abraço.

rifenha disse...

Agora que reparo...
A farinha de milho era também o alimento tradicional da Galiza em papas, em broa, em bolos do pote...
Coincidências...