Obrigada por me seguires a visitar, ainda que, desde o 3 de Maio, não voltei passar por este espaço tão querido e tão iludente para mim. Mas há um tempo que não tenho azos para seguir a trabalhar no projecto de dar a conhecer músicas e realidades. Agora, vêm eles a mim no meu espace do myspace. Tenho dous abertos: Um em galego, e outro em espaçol. Os endereços ficam à mão esquerda, no apartado onde paro, assim que, se queredes passar de visita, toparedes com muitos músicos dos que por aquí tem passado e também com outros. E...Quem sabe...Tal vez algum dia volva a colher o caminho de El Raval, de todos os Ravals do mundo, e volva com cousas novas por aquí. De momento, quero conhecer aos músicos, seguir o seu fazer cotiá e comentar e compartir com eles. Obrigada a todos por vires e até outra. A porta queda aberta e a roseira em flor.
Já choveu desde aquel dia. No salão de actos da Escola de Magistério da Corunha. Decorria o ano 1974 e eu começava a ter os primeiros contactos com o galego escrito; com as histórias de Pedrinho e Ranholas e a poesia de Rosalia nas aulas de João Verdini. Aprendia a escrever, analfabeta da minha própria lingua.
Aquel dia,Miro Casabella cantou para mim, rapariga de vila pequena, criada em galego e em labrego até os dez anos que tive de ir embora para o inferno do internado para poder estudar. Cantou para mim, digo, porque eu ficava soa,no meio da gente que enchia o salão de actos, em tanto escuitava sua fermosa voz cantando umha canção adicada ao meu pais que, por primeira vez, não era aquela: "España es un pais mediterraneo. Crecen la vid y el olivo. Tiene inviernos templados y veranos secos y calurosos"
Eu, que sempre lhe andava a dar ao caletre, pensava nas palàvras e não me quadrava a definição. Até que, um dia, o cura da parróquia organizou umha excursão e, ao chegar a Padrão e ver as vinhas emparradas e as casas recubertas de cuncha com flores na porta, compreendi que aquilo era Espanha e a Costa da Morte era um sitio assim, fóra de Espanha, suas videiras e seus invernos temperados. Em Vimianço, no inverno, as poças colhiam umha capa de geo e nós colhiamos os telhos de geo e chupábamos em eles de caminho à escola até que as mãos nos ficavam sem siras e não as sentíamos.
Entre a minha sainha rabela e os meus escarpins não havia nada e as pernas e os joenlhos cheios de carochas das feridas de cair nos seixos de ponta da estrada de Camarinhas, ainda sem asfaltar, quando jogava com as amigas a correr por ela. Só passavam os camiões do peixe para A Corunha e o carro que levava o correio para as vilas e aldeias entre Camarinhas e Vimianço. As pernas, digo, miudinhas, passavam mais frio do que se possa imaginar.
Pois digo que ficava soa, absorta em aquila cantiga tão fermosa que, esa sim. Essa falava do meu pais. Do meu pais da infáncia. Do pais que eu conhecia e amava desde que tive olhos para olhar e coração para sentir. Do pais nevoento, atlántico, húmido e inexistente tanto tempo. Do pais que parecia existir só no meu coração e no dos meus vizinhos do cabo do mundo. Assim o deixo, com esta grafia espanhola, porque assim fui meu primeiro contacto com o galego. De Portugal e a lingua comum ainda não tinha apenas ideia. Umha intuição, nada mais.
O meu país
O meu país labrego e mariñeiro É un recuncho sin tempo que durme nugallán.
Q quece na lareira, alo na carballeira Bota a rir. E unha folla no vento alento e desalento, O meu país.
O meu país tecendo a sua historia, Muiñeira e corredoira agocha a sua verdá O meu país sauda ao mar aberto Escoita o barlovento e ponse a camiñar
Cara metas sin nome van ringleiras de homes E sin fin. Tristes eidos de algures, vieiros para ningures, O meu pais.
O meu país nas noites de invernía Dibuxa a súa agonía nun vello en un rapaz. O meu país de lenda e maruxias Agarda novos días marchando de vagar.
Polas corgas i herdanzas Nasce e morre unha espranza no porvir. E unha folla no vento alento e desalento O meu país.
Erão tempos de Voces Ceibes, concertos de Raimon, De Zéca Afonso, de "Abaixo aDentadura " e demais.
Mas, após mais de trinta anos, lembro a cantiga de Miro Casabella como um dos momentos mais emotivos e mais importantes da minha vida. Descubri que o meu pais, era um pais, com suas névoas, suas chuvias e suas ringleiras de homens cara a Suiça, Alemanha, França, Holanda ou Inglaterra na procura dum sonho. Tristemente, esse sonho, acabou em muitos casos, traduzido a cemento e materiais de construção empregados de jeito asobalhador, mas, esse é outro cantar. O caso é que, um dia, procurando a cantiga de Miro Casabella, descubri que não existem apenas cópias mas, hà um grupo galego, Luar na Lubre, que recolheu o tema e faz umha versão diferente, mas muito bela. A voz de além Minho de Sara Louraço, até lhe imprime um aquel de fado, que a faz preciosa. Como queira que levo más dum ano sem sair da casa, o meu pais,agora, fica aquí, comigo, a travês do vidro da janela, embafado às veces de chuvia, ou de bafo polo frio de fóra. Ainda assim, com as fotos que vou tirando e algumhas que tinha de algum passeio anterior, compus este video que espero que seja do vosso gosto. O meu pais. O cachinho do val de Vimianço que posso enxergar desde minha janela e a música de Luar na Lubre.
Na Galiza, as noites de inverno, adoitam ser frias e muito longas. Para o levar melhor, a gente junta-se nas tabernas e fão festa. Começam na sexta feira, e duram também o sábado.
O domingo há que descansar para volver trabalhar na segunda.
Desde a taberna "O Petouco" de Vimianço-Vimianzo em galego espanholiçado- deixo-vos umha festa de Rexoubeio para que vejades:
Jà vos porei mais videos de festas e tabernas em noites de invernia
Aperta.
A música é da Banda de Poi, mestura de galego-portugueses
Se querés saber onde queda Vimianço neste antigo mapa, diria que entre Noia e Corme, mais ou menos.
Música do souk rifenho.
Em cada lugar ou vila do Rif, e de todo Marrocos, há um dia à semana de grande souk, onde se compra, se vende, se regateia, se passeia entre recendos de espêcies e ervas aromáticas e músicas dos vendedores de cassettes e cds pirateados.
Hoje quero trazer essas músicas, autóctones do Rif. Músicas "modernas" cantadas ou dançadas por tod@rifenh@ que se précie.
Hà duas cidades no Rif, Nador e Al Hoceima, que são diferentes em caracter, personalidade e sentir. Nador é cidade fronteiriça, a doce quilómetros de Melilia, umha cidade que foi medrando sem moito jeito com a grande cantidade de gente de todo Marrocos que foi chegando ao reclamo da proximidade com Melilia e a saida ao mundo "europeio". Al Hoceima é umha cidade tranquila, cheia de praias fermosas, onde o ritmo da vida transcorre muito mais lento.
Assim também as músicas são diferentes. A música dos grupos de moços de Al Hoceima, é mais saudosa, fala do mar e das pateras, da família, dos pais, já velhos que justificam a aventura de se adentrar no mar com rumbo incerto. Mesmo falam com o mar, para que lhes seja propício e garimosso.
Tambén da saudade de amor, por ficar tão lonje da casa, na terra prometida da emigração. As canções nadorinas, são canções alegres, falam de amor, de mulheres e homens, de raparigas belas, de seducção...
Como vedes, cada cidade, tem sua filosofia de vida.
Agora vos deixo as músicas, para que comprobedes.
As letras são na lingua tarifit, o bereber que se fala no Rif, ainda que, em cada cidade, com sotaque diferente. São criadas e interpretadas por grupos de moços da própria cidade, que as utilizam para expressar suas inquedanças e seus sonhos.
Imos là. Manhã de sol e souk.
Quando eu era umha estudante, em todas instituções educativas, a lingua que se ensinava era o francês. Era umha lingua que adorava e me acaia muito bem. Mais tarde, durante os seis anos da minha estadia em Marrocos, aprendi a falar o meu francês de libro e escritos. Hoje, a lingua dominante em todos os eidos da informação, é a lingua imperial dos anglo-sajões. Não tenho nada na contra de nemhumha lingua, mas sim do que representa e da monopoliçação das nossas vidas emquanto utentes da rede informática, de aparelhos diversos ou de mercado musical. O certo é que fico contrária a todas as monopoliçações, por esso hoje vou-vos trazer umha música em francês. Umha música de agora, mas com lembranças de quando Paris era a "Cidade da luz" para todos aqueles que fugiam da escuridade dos seus proprios paises. Cidade libre e solidária que acolhia aos artistas e intelectuais perseguidos de todo o mundo. Ainda que, como tudo, também foi mudando. Sempre que penso em París-cidade que só conheço polos romances de Georges Simenon e o Comisário Maigret, que lei tudos,- penso em muitas cousas que já pertencem a esse Paris particular, muito vivo dentro do meu imaginário persoal, mas como eiquí falamos de música, o certo é que Paris me lembra a música circense, de violinos, acordeões e demais. Assim que hoje, vou-vos apresentar um grupo de nove moços que fão umha música "parisina" e circense.Mesturam de tudo. São um chisco alquimistas. Chamam-se Babylon Circuse levam publicado cinco trabalhos desde 1997:
Umha maqueta no 1996
Musika 1997
Tout va bien 1999
Au marché des Illusions 2001
Dances of Resistence 2004
Ademais de múltiples colaborações
Para que vejam como soam, dixo eiquí umhas cançoes e videos do grupo:
Espero que gostases de Babylon Circus. Hã outros mundos fóra dos USA e a UK. Mesmo muito perto de nós. Saudações.
Carlos Saura completou a sua trilogia com este novo filme. Após de Flamenco,-1995- Tango,-1998- agora Fados, remata de escrever o capítulo das canções urbanas do século XX. Fui o produtor português Ivan Dias quem viajou a Madrid para tentar convencer a Saura de dirigir um filme sobre o fado. Após de aceitar encantado, vieram dous anos de investigação até concluir o filme, no que participam umha variedade de artistas portugueses ou que tem relação com Portugal:
E colaborações de outros artistas: Brigada Victor Jara, entre outros
Em palàvras de Carlos Saura:
"En esa búsqueda, acompañado de mi buen amigo Ivan Dias, gran conocedor de la materia, vamos a tratar de compaginar un tema que nos preocupaba: la relación del Fado con Brasil y con África --desde las “Modinhas”, hasta el llamado “Fado batido”-- en un intento de recuperar algunas de las canciones y de los ritmos que en ese ida y vuelta tanto ha enriquecido la música de nuestros países.
"Fados" será mi octavo musical y mi intención es llegar más allá de las experiencias anteriores, trabajando con los artistas de un país y de una ciudad, Lisboa, que quiero desde hace muchos años."
Deixo-vos os trailers do filme e umha escolma de canções. Espero que gostem
Quando era umha rapariga, as freiras de Rubine levarom-nos ao cine-fórum para ver um filme mágico, por onde eu via passar a todas aquelas pessoas que quería ser para ver o mundo, rodearme de liverdade e fugir das tebras do aburrimento gris, da mesma cor que a roupa uniformada que era o distintivo da Orde Terciária, onde fiquei confinada para poder estudar, por sete anos.
No filme, Concierto para Bangla Desh, apareciam muitos músicos e cantores e, entre eles, um que ja é um homem idoso,-nasce no 1920- mas que ainda segue em activo. Para falar de ele, temos de falar primeiro do instrumento que tange. Instrumento de sões formosos e evocadores, como pingas de água que saltam dum chafarîs. É un instrumento de cordas, como a harpa europeia, ou a kora africana. Tem em comum com esta, a grande cabaça que lhe faz de caixa de resoança, ainda que as diferências são notórias. O sitar, tem umha segunda cabaça no alto do mastro, e os trastes são cóncavos para acolher às cordas secundárias. A cuberta é de madeira dura. O Sitar, é un instrumento de som delicado e brilhante, que é introduzido na India desde Persia, durante o Império Mogol. Tem um total de entre 18 e 26 cordas que se tangem cumha pua-mizrab- ou com o dedo meiminho. Da totalidade das cordas, quatro marcam a melodía, três levam o acompanhamento harmónico e rítmico e as outras, até um total de onze a dezanove, vibram por simpatía, a canda as cordas principais, e, com sua resoança, engadem corpo e textura ao som. Um instrumento precioso, cum som muito sigular e espiritual:
Ravi Shankar, o músico vivo com a carreira musical mais extensa no tempo. Nado em Varanasi no 1920, Pandit Ravi Shankar, é o músico mais conhecido fóra da India e o que mais influiu na música "ocidental". Presentou-se por primeira vez fóra da India, na União Soviética, no 1954. No 1956 chega à Europa pre-capitalista e, desde esa, fixo-se muito popular. Colabora com George Harrison, forma parte do elenco de músicos do filme "Monterrey Pop" que recolhe o festival de Monterrey, em plena era Hippie californiana-ese também o fum ver com as freiras, a outro cine-forum. Flipei com Jimi Hendrix, The Mamas &The Papas, Janis Joplin... Pobre meninha de Vimianço dos anos setenta, fechada num internado de freiras...! Quantas voltas tinha que dar o mundo para chegar a sentir que não tinha enveja da liverdade para ser e fazer o que me pete...!- Como curiosidade, dizer que Ravi Sankar é o pai da cantante Nora Jones.
Deixo-vos uns videos, para que vejades tanger o sitar em vivo:
Aquí, um Ravi Shankar novo, ensina a tanger o sitar a George Harrison
Aquí tocando a serio. Os sões do sitar são preciosos:
Eis o filme no que eu vi a Ravi Shankar por primeira vez:
Explica como soa a Tabla, instrumento de percusão próprio da música india que acompanha ao sitar.
Espero que gostés desta mensagem, cheia de lembranças próprias e música de longe.
Dando a volta a África polo Cabo da Boa Esperança, pola rota dos antigos navegantes, chegamos a um pais diferente. . . Na Beira do Océano Índico, na África austral. Vizinho de Sudáfrica, Zâmbia, Malawi, Swazilândia, Zimbabwe, e atravesado polos rios Limpopo e Zambeze. Adentrando-se no mar, amais das suas proprias ilhas e ilhõs, que são numerosos, ficam Madagascar e Comores, e os territórios franceses de Mayotte e Reunião.
Em Moçambique se mesturam as formas culturais proprias, com as dos povos que por ali foram passando no decorrer do tempo: portugueses, hindus, árabes... No 1975 acadou a independência, depois de ter passado por umha época colonial e umha guerra que rematou com a revolução portuguesa. Mais tarde, umha guerra civil entre 1976 e 1992.
A etnia mais antiga de Moçambique são os bosquimanos, e mais tarde, os bantus, dos quais, o império dos Mwenemutapas, foi um estado dentro do que hoje é Moçambique, desde o século X ao XIX.
São, no entanto, os povos Bantu que, não constituindo uma raça específica mas um conjunto de grupos com umha cultura comum e umha linguagem similar, estão na origem das etnias dominantes, os “Aianas”, os “Macuas”, os “Angones”, os “Nhanjas”, os “Tongas”, os “Bitongas” e os “Muchopes” que se distribuem por esta ordem de Norte para Sul do País. Estes grupos estão ainda divididos por sub-grupos.
Além dos descendentes dos grupos Bantu, são de salientar as comunidades Swahilis instaladas em áreas costeiras e responsáveis pela introdução do Islamismo no País, os Indianos e Europeus dispersos por todo o País.
A lingua oficial é o português, mas existem: Xitsonga, ciyao, xiChona, echuwabo, cinyanja, xironga, cinyungue, xiChope, bitonga, swahili, cicopi, cinyungwe, cisenga, cishona, ekoti, elomwe, gitonga, maconde (ou shimakonde), kimwani, macua (ou emakhuwa), memane, suaíli (ou kiswahili), suazi (ou swazi), xichanga, xironga, xitswa e zulu ainda que não tenham a oficialidade.
Maputo é a capital política.
Emquanto à música, vai desde os grupos tradicionais, como estes "marimbeiros"-marimba é o instrumento de láminas de madeira- que vedes aquí, tocando no parque matural de Gorongosa:
A este video-clip com bastante ritmo e humor:
A música mais arabiçada de Wazimbo:
A Kizomba angolana, também triunfa aquí. Mas, sobre tudo, hà umha música que define ao Moçambique moderno. Nasceu nos anos setenta para protestar do que não ia bem e dançar para alegrar a vida. A Marrabenta:
Marrabenta de hoje:
Umhas Marrabentas para dançar. Os povos que dançam, tem vida:
O berce do candomblé, da samba, de manifestações culturais que logo se apousentaram no centro-norte do Brasil, na comunidade de escravos pretos, para se espalhar, desde alí, a toda América do Sul e Central. A identidade cultural que formavam Angola-Congo ficou dividida pola coloniçação europeia. Angola, umha antiga colónia portuguesa, centro do tráfego de escravos nas terras do Rio Congo. Terra de diamantes, petróleo, campos de minas, mas também de culturas, linguas, tradições e músicas. As linguas angolanas, Kikongo, Chokwe, Quimbundo , Umbundu, ademais do português. Grupos étnicos de Angola:
Na música angolana, há ritmos próprios :A semba, origem da samba do Brasil, a kizomba, o kuduro. Ademais, ritmos caribenhos que vem de volta dende as Américas. Nos primeiros anos, a música era reivindicativa, fronte à coloniçação primeiro e a guerra civil, mais tarde. Um cantante destes tempos, é Bonga. Sua música soa assim:
A Sodade que ele cantou antes do que Cesaria Èvora:
Angola, é também o berce da Capoeira, dança-luta que também passou ao Brasil e que sempre tive problemas com o poder colonial:
Angola, e sua capital, Luanda, é umha princesa negra, da que procedem músicas, crenzas que mais tarde se mesturariam com outras de outra procedência e acabariam sendo a religião de boa parte dos habitantes das Américas do Sul e Central. Religiões animistas mesturadas com o catolicismo onde se segue a pregar em kikongo ou kimbundo, ou numha mestura das linguas mães dos afro-americanos.
Muitas cousas mais poderia contar sobre Angola, mas só quero abrir um caminho para que , quem queira, se achegue pola sua conta. Despedirme, com Kussundulola, um grupo de gente nova muito alegres.
Seguindo a rota de África Ocidental, à beira do Atlántico, océano de múltiples culturas, chegamos ao Senegal. Senegal é um estado que tem outro no seu interior, no val do río Gambia. A República de Gambia. Nas divisões que os europeus fazem na coloniçação, Senegal fica no meio de Mauritánia, Guiné Bissau, Guiné Conakry, Mali, e tem a Gámbia em su interior. Neste quebra-cabeças de estados, convivem muitas étnias e culturas diferentes. Linguas que convivem no Senegal; compartidas com outros estados da zona:
Cada étnia tem sua lingua própria compartida com irmãos que vivem em outros estados artificiais, feitos após a descoloniçação, seguindo critérios europeus etno-centristas e colonialistas. De Senegal, ainda que nascido no Niger,xurdiu umha voz e umha música fermosas, que se fazem muito conhecidas polo filme de Almodóvar, "Todo sobre mi Madre". Aquela sequência tão formosa, onde a cámara se vai achegando à cidade de Barcelona, iluminada polas luzes nocturnas, mentras soa esta música incrível:
É o momento mais conseguido, ao meu ver, de todo o filme, a um nível estético. Ismael Lo era de família humilde e, antes de ser considerado um dos melhores músicos africanos de hoje, ganhava o pão no clube "Coco Loco" da Playa del Inglés, nas Ilhas Canárias, onde também pendurava suas pinturas. A discografia de Imael Lo: Dabah 2002 Dlawar 1994 Ismael Lo 1992 Iso 1994 Jammu Africa 1997 Natt 1996 Sénégal 2006 Tadleu Bone 2001 amais de recopilações e colaborações em trabalhos de outros artistas.
Amais de Ismael Lô, o pai da música do senegal de hoje, passa por ser Youssou N'Dour, nado no 1959, numha Dakar cosmopolita e cheia de sões de mbalax, umha palàvra na lingua wolof que nomea umha música mestura dos velhos griots e ritmos afro-cubanos que trazem de volta os retornados caribenhos nos anos 40,50,e 60. Nos 70, chegam os ritmos do jazz, o rock, os cantos dos sufis muçulmanos...
Youssou recolhe também os relatos e cantos tradizionais e assim vai elaborando nseus trabalhos: